17.2.09

GANHANDO A PORÇÃO DOBRADA


1 Sm 1:5 - “Mas a Ana dava uma porção dupla, porque a amava, apesar de que o Senhor a tinha deixado estéril.”

O livro de Samuel inicia contando a história de uma família onde o homem, chamado Elcana, possuía duas mulheres - Ana e Penina.

Essas esposas experimentavam um tempo de crise - Ana estava em crise por ser estéril, enquanto que Penina sofria por não ter a atenção que desejava de seu marido.

ESTÉRIL:
* Que não produz.
* Infecundo.
* Seco.
* Que não traz vantagens.
* Inútil.

ATENÇÃO:
* Aplicação cuidadosa.
* Cuidado.
* Gestos ou palavras que demonstram respeito, afeto, cortesia.

O sofrimento de Ana lhe deixava desanimada, sem forças, pois seus olhos estavam voltados para sua limitação. Enquanto isso, apesar de ter os filhos, que era o que faltava para Ana, Penina também sofria - é que ela desejava ganhar o mesmo cuidado que Ana.

Se as duas esposas passavam por situações críticas, porque somente Ana recebia a porção dobrada?

Segundo o Ap. Renê Terra Nova (1), “toda crise deve levar o indivíduo a mudanças de melhoria na sua vida e personalidade", mas o que nem sempre atentamos é que podemos ter reações diferentes diante delas. Algumas pessoas se voltam para o trono de Deus na hora da dificuldade, falam direto ao coração do Pai ao passo que outras abrem suas bocas para murmurar e brigar. Se durante a crise tivermos a atitude correta experimentaremos o adestramento e ainda seremos honrados pelo Todo-Poderoso.

A reação que Penina tinha ao perceber que recebia uma porção menor que Ana era de provocar-lhe continuamente, a fim de irritá-la (2). Por sua vez, ao se deparar com a crise, Ana assumia uma postura totalmente oposta, a de chorar e orar ao Senhor (3).

A tristeza não deve nos afastar de Deus. A exemplo de Elcana, que amava muito sua esposa Ana, e por isso lhe dava porção dobrada, o nosso Deus tem por nós um amor incondicional, um amor que vale muito mais que aquilo que ainda não temos.

Ao invés de tentarmos extravasar a nossa dor ferindo as pessoas que estão próximas de nós, esse é o momento de nos aproximarmos cada vez mais do único que pode nos honrar verdadeiramente - o Espírito Santo.

Se entregue a esse amor, leve sua aflição para aquele que nos prometeu que no lugar da vergonha teremos dupla honra e perpétua alegria.

Pra. Ana Cunha

(1) – TERRA NOVA, RENÊ A trama de Leviatã – uma denúncia necessária. São Paulo, Semente de Vida Brasil, 2008.

(2) – 1 Sm 1:6

(3) – 1 Sm 1:10

10.2.09

RECEBENDO DE VOLTA O QUE SE PERDEU

“Quando chegou perto da porta da cidade, levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva.” Lc 7:12


Uma viúva que perde o seu único filho é alguém que fica sem o chão sob os seus pés. Muitas vezes perdemos algo que é muito precioso para nós e também ficamos desnorteados.

VIÚVA:
* Mulher cujo marido faleceu, e não voltou a casar-se.
* Pessoa sozinha, abandonada, carente.

Enquanto esta mulher andava chorando seu morto, acompanhada por uma multidão, o Mestre também encontrava-se sendo seguido por uma multidão, no entanto, Ele transportava o poder de restituir vida. Aquela viúva foi abençoada e viu seu filho ressuscitar, mesmo sem conhecer a Jesus, porque estava em um caminho que ia de encontro à rota dele.

Qual é a atitude que normalmente se adota na hora de uma perda? Para onde devemos ir? Se agirmos pelo nosso emocional deixaremos que o choro e a murmuração tomem conta de nós, e ainda procuraremos um culpado para a questão. A Palavra nos chama para vivermos um padrão oposto a esse, um padrão de confiança em Deus.

A viúva de Naim experimentou a perda de seu único filho e por causa desta dor estava chorando. Quantas perdas você tem experimentado que tem feito jorrar lágrimas de seus olhos? Essas perdas podem ser físicas, territoriais, financeiras, emocionais e até espirituais. Não importa a área em que sua história que foi visitada pela morte, Jesus continua com o mesmo poder!

Temos aprendido alguns princípios para que a vida se instale, e um deles é estar no lugar certo, diante do Todo-Poderoso, que tem o poder de dar a vida - como foi com esta mãe em questão.

Um segundo princípio é manter a palavra profética em nossa boca – a palavra que está alinhada com a vontade de Deus. No Vale de Ossos Secos (1) este foi o recurso que o homem de Deus usou para fazer ressuscitar o exército que ali se encontrava.

Outro princípio é a oração pelos amigos – Jó experimentou receber de Deus a restituição depois que orou pelos seus amigos (2). O Ap. Renê Terra Nova, afirma que “orar pelos amigos traz mudança de sorte para si e para os outros.” (3).

Portanto, independente do que tenha acontecido com você, do tamanho da perda que você tenha experimentado, saiba que ter Jesus no mesmo caminho, profetizar no meio do caos e orar pelos amigos muda toda a nossa circunstância, pois Deus é o único que tem todo o poder e que é completamente fiel.

Observe que neste episódio da viúva de Naim, Jesus só diz duas frases: a primeira para a mulher, que nos representa – “Não chores”, e a segunda para o morto, que representa nossas limitações, aquilo que perdemos – “... a ti te digo: Levanta-te.”

Creia, o Eterno fará tudo por você!

Ana Cunha Araújo


(1) – Ez 37:1 a 14

(2) – Jó 42:10

(3) – TERRA NOVA, RENÊ A trama de Leviatã – uma denúncia necessária. São Paulo, Semente de Vida Brasil, 2008.