28.2.10

PERDER PARA GANHAR

Fonte: www.wikipedia.org/wiki/Enxertia

Jo 15.4“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim”.

Na vida encontramos muitas situações em que precisamos ceder, investir ou renunciar para só então alcançarmos uma determinada conquista.

Na questão espiritual isso não é diferente, muitos querem as bênçãos que só o Senhor pode proporcionar, mas se vêem sob grande pressão quando percebem que terão que abrir mão de seus valores humanistas.

Jesus nos convida para um estado de permanência nele, ao mesmo tempo em que nos mostra o quanto somos impotentes – Ele nos compara com a vara que não pode dar fruto.

Esse processo de permanência em Cristo – a Videira Verdadeira – é como um enxerto ou enxertia.

ENXERTIA: é a união dos tecidos de duas plantas, geralmente de diferentes espécies, passando a formar uma planta com duas partes: o enxerto (garfo) e o porta-enxerto (cavalo). O garfo, cavaleiro ou enxerto é a parte de cima, que vai produzir os frutos da variedade desejada e o cavalo ou porta-enxerto é o sistema radicular, o qual tem como funções básicas o suporte da planta, fornecimento de água e nutrientes e a adaptação da planta às condições do solo, clima e doenças. O seu desenvolvimento é rápido, o que facilita a reconstituição de um plantio perdido por pragas. (1)

Quando vamos para Cristo – lhe recebendo como Senhor e Salvador – apresentamos características diferentes das dele, pois a nossa natureza ainda não foi transformada.

Mas, assim como se dá na agricultura, perdemos parte de nossas peculiaridades e assumimos as de Jesus, e é por isso que passamos a produzir frutos. O Senhor passa a ser o nosso suporte e o nosso suprimento. Ele também é que nos capacita para esse novo tempo, nos dando condições para vencermos as intempéries.

O Mestre nos faz uma promessa de multiplicação, ao mesmo tempo em que nos convoca para tomarmos a decisão de sermos parte dele – conforme consta em Jo 15.5 - “Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.

Por fim, quando uma planta é enxertada em outra, ela não leva consigo sua raiz – a condição que tinha para extrair da terra a água e os nutrientes. Ela passa a absorver a seiva que corre dentro da planta que lhe recebeu.

Quando nos juntamos à Videira, deixamos a nossa característica terrena – renunciamos a raiz que nos liga ao mundo e passamos a depender do alimento que o Mestre tem para nos dar. Vale à pena perder dentro deste contexto, porque o que se tem a ganhar é sobrenatural.

Pense nisso e tome sua decisão!

Ana Cunha Araújo
(1) - De acordo com site Wikipedia, consultado em www.wikipedia.org/wiki/Enxertia. Pesquisado em 28.fev.2010.

10.2.10

INDO AO MANANCIAL DE DEUS

Fonte: www.br.olhares.com/manancial_foto1986308.html

1 Rs 17:2 a 6“Depois veio a Elias a palavra do Senhor, dizendo: Retira-te daqui, vai para a banda de oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está ao oriente do Jordão. Beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem. Partiu, pois, e fez conforme a palavra do Senhor; foi habitar junto ao ribeiro de Querite, que está ao oriente do Jordão. E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à tarde; e ele bebia do ribeiro”.

Elias era um profeta destemido, bastante ousado e usado por Deus. No contexto desta referencia, ele havia apregoado uma grande seca para a região de Israel. O zelo do Senhor por seu profeta é demonstrado no comando que Ele lhe deu: “Retira-te daqui, vai para a banda de oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está ao oriente do Jordão”.

Deus estava se comprometendo com a provisão para Elias, o seu sustento no tendo de escassez que viria.

Mas e agora, no tempo em que vivemos, será este o mesmo comando que o Senhor tem para cada um de nós? Qual a relação que essa palavra tem com as nossas necessidades?


1. O COMANDO VEM DE DEUS, MAS A OBEDIÊNCIA É UMA DECISÃO PESSOAL
O oriente é definido como “a parte onde nasce o sol” (1), e por outro lado, Jesus é tido na Palavra como o Sol da Justiça. Então, parafraseando podemos compreender que a orientação de Deus para nós é a de nos voltarmos para onde Jesus está.

O profeta não questionou o Eterno, ao contrário, caminhou por quilômetros em direção ao ribeiro de Querite. Deus espera que tenhamos uma atitude correspondente a dele.


2. DEUS TEM UM ESCONDERIJO PREPARADO PARA OS QUE LHE OBEDECEM
O Senhor sabe que nas dificuldades podemos ser atingidos, Ele sempre foi uma proteção para aqueles que lhe buscam. No caso em tela, a seca também atingiria Elias – mas antes que isso acontecesse o Pai já tinha o lugar providenciado para lhe guardar.

Ao contrário de muitos, o profeta decidiu crer no cuidado de seu Deus e por isso foi protegido da fome e sede.

O nosso caminhar deve ser por fé, a solução de nossos problemas não está na força de nosso braço e sim no poder de nosso Deus.


3. A VIDA É GARANTIDA JUNTO AO MANANCIAL
A Bíblia mostra que Elias “foi habitar junto ao ribeiro de Querite”. No dicionário citado anteriormente, um dos significados para a palavra “habitar” é “viver, ter vida”.

Precisamos estar junto ao rio de Deus para termos vida, e vida em abundancia. O alvo do Senhor é suprir as nossas necessidades, ainda que as circunstancias sejam contrárias.

No contexto estudado toda a nação estava vivendo um tempo de fome e sede, mas Elias, de forma extraordinária, era alimentado pelos corvos no amanhecer e no entardecer; sua sede era saciada pelo ribeiro.

Jesus nos garante água que sacia a nossa sede, a água da vida. E de você ele espera a atitude de receber destas águas.

Seja guardado e suprido pelo Senhor!

Ana Cunha Araújo

(1) – FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, 1910 - 1989. Miniaurélio Século XXI Escolar: O minidicionário da língua portuguesa / Aurélio Buarque de Holanda Ferreira; coordenação de edição, Margarida dos Anjos, Marina Baird Ferreira; lexicografia, Margarida dos Anjos... [ et al.]. 4. ed. rev. ampliada. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2000.